Eu comecei a ter acne durante a adolescência, assim como a maioria das mulheres que eu atendo. Minhas espinhas eram persistentes, e naquela época eu não tinha ideia de qual era a causa, mas eu sabia que tinha algo de errado.
Depois de viver nessa luta por alguns anos, quando eu já estava na faculdade, uma amiga me contou que sua médica tinha receitado o uso do anticoncepcional.
Ela tinha sido diagnosticada com Síndrome dos Ovários Policísticos, algo que eu não conhecia, e que a acne persistente normalmente acontecia em mulheres que tinham essa síndrome.
“Será que esse também seria o meu caso?” Pensei
Decidi procurar uma ginecologista que de fato constatou que eu tinha SOP e me receitou o anticoncepcional.
“UFA, finalmente minhas espinhas seriam controladas.”
Por anos eu usei a pílula, minha pele ficou bem melhor, e por mais que ainda tivesse uma ou outra espinha eu fiquei muito aliviada.
Só que de repente, eu comecei a sentir alguns desconfortos intestinais. Gases, fezes amolecidas, urgência para evacuar…
Os sintomas duraram por alguns meses, até que eu consegui observar que eles pioravam quando eu tomava a pílula.
Bom, minha pele já estava boa há alguns anos, já que a médica tinha dito que a pílula tratava a SOP, eu acreditei que o tempo que eu usei já tinha sido o suficiente para eu ter resolvido o problema com as espinhas.
Foi aí que veio a surpresa.
As espinhas começaram a brotar, e bem maiores e mais inflamadas do que antes.
Voltar para o anticoncepcional não era uma opção, além dos desconfortos intestinais, eu percebi que a minha disposição e ânimo mudaram completamente depois da pausa.
Eu não queria voltar a usar remédios.
Foi aí que eu comecei a pesquisar as alternativas naturais para o tratamento da SOP e da acne adulta.
E depois de muita pesquisa (o meu TCC foi sobre o tratamento da SOP através da nutrição) eu descobri quais são os pontos fundamentais para o controle da ACNE adulta.
São eles:
Remoção dos gatilhos
Lácteos e amendoim são os alimentos que mais influenciam na minha pele. Por muitos anos meu café da manhã era bisnaguinha com manteiga e leite com nescau. Uma bomba de estímulo para a oleosidade.
Além disso, o consumo de álcool além de afetar a minha pele, afeta o meu intestino.
Depois que eu descobri os meus gatilhos alimentares e passei a reduzir o consumo, eu dei o primeiro passo para conquistar uma pele saudável.
Desinflamar
Por mais que minha alimentação fosse de alguma forma equilibrada, me faltavam nutrientes antiinflamatórios.
Passei a introduzir mais legumes, verduras, frutas e sementes no meu dia a dia, o que me ajudou a ter uma pele mais nutrida e uma melhor cicatrização.
Tratar o intestino
Como eu disse antes, o anticoncepcional foi um fator que me causou uma sensibilidade intestinal.
Cuidar da minha ingestão de fibras, água e recuperar a barreira protetora do intestino foi e é fundamental para eu manter a minha digestão saudável e assim poder diminuir a inflamação do meu organismo e otimizar a absorção de nutrientes.
Suplementação
Como a minha acne também tem um fundo hormonal, começar a usar suplementos com propriedades antiandrogênicas me ajuda muito a controlar as espinhas que aparecem durante a ovulação e a TPM.
Até hoje, quando eu percebo sinais de desequilíbrio hormonal eu retomo a suplementação com o objetivo de regulação hormonal.
Controle do estresse / Atividade física
Toda mulher com acne já deve ter percebido que naqueles momentos de mais estresse, ou preocupação surge alguma nova espinha.
Isso acontece porque os hormônios ligados ao estresse agem na pele aumentando a oleosidade.
Portanto, a manutenção da saúde da minha pele, passa por cuidar da minha saúde mental com terapia, e atividade física! Esses dois são pontos FUNDAMENTAIS para eu me manter longe das espinhas.